Para não confundir

Você já ficou na dúvida quando usa-se "para eu" ou "para mim"? Então preste atenção na dica a seguir:

    Na variedade padrão da língua portuguesa, recomenda-se o emprego do pronome pessoal do caso reto eu em expressões como para eu fazer, para eu comer, para eu ler, pois o pronome, nesse caso, exerce a função de sujeito do verbo fazer, do verbo comer, do verbo ler. Pronomes pessoais oblíquos, como mim, são complementos. Assim, empregamos eu e não mim na frase: "Você trouxe o livro para eu ler?".

     Entretanto, há um caso em que a expressão para mim pode ser empregada antes de verbo no infinitivo: quando mim tem valor de complemento e a expressão está deslocada. Veja:

                           Não é fácil, para mim, assistir a tudo e ficar calado.

                  Essa afirmação equivale a:

                          Assistir a tudo e ficar calado não é fácil para mim.

                   Nesses casos de inversão, recomenda-se que a expressão para mim fique entre vírgulas.

     A língua portuguesa é rica em sua estrutura e não é tão difícil assim, deve-se prestar muita atenção ao falar e ao escrever e se alguém consertar a sua fala, não fique chateado, é para o seu próprio bem.