sábado, 23 de abril de 2011

Educar é preciso

Posted by Cristina C C Vieira on abril 23, 2011 with No comments


      Este artigo da jornalista Leda Nagle explica muito bem o que vem acontecendo com a Educação no Brasil. Concordo com a posição da jornalista. Temos que fazer algo por nossa Educação, pois dessa forma não pode mais continuar. O desabafo da jornalista é meu também.

    Clique no artigo para lê-lo em tamanho original.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Por que aprender Língua Portuguesa?

Posted by Cristina C C Vieira on abril 22, 2011 with No comments

   "Como sabemos, ensinar a ler, compreender e produzir textos que levem o aprendiz à reflexão, à construção e à reconstrução de novos significados é na realidade um grande desafio que se apresenta a todos os professores, em particular àqueles responsáveis pelo ensino da Língua Portuguesa. No entanto, compartilhamos a ideia de Pasquier e Dolz (1996) de que devem estar ao alcance de todo indivíduo escolarizado a capacidade de ler e de compreender um texto adequadamente, bem como a capacidade de produzir um texto coerente e adequado à situação de produção, desde que lhe ofereçamos as condições de ensino-aprendizagem adequadas. Em relação à construção de um texto, referimo-nos ao texto escrito e ao texto oral, pois não se pode negar que não só a linguagem escrita apresenta coerência, mas também a linguagem oral, que, segundo Marcuschi (2000), não é um amontoado de enunciados, mas, ao contrário, uma estrutura organizada e coerente.
     Dessa forma, entendemos que o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa se constitui como um processo que visa possibilitar ao aluno a compreensão de aspectos relevantes na construção de um texto, tanto os de natureza linguística como os discursivos, bem como a reflexão sobre temas diversos, práticas sociais e de linguagem, além da referência às diferentes condições de produção do discurso".
                                                                         Silva, 2003.


   E para que aconteça este aprendizado, necessitamos de uma proposta pedagógica.
 Partimos do princípio de que estamos continuamente adquirindo conhecimentos e aprendendo habilidades de que precisamos no decorrer da vida. Aprender, nesse sentido, significa ter a possibilidade de utilizar os conteúdos em outros contextos, para solucionar problemas pelos quais passa todo usuário da língua em dada sociedade.
    E para um bom planejamento é preciso que entendamos os conteúdos como conceituais, procedimentais e atitudinais.

  •    Conteúdos conceituais
     "Por conteúdos conceituais entendemos aquele que constituem o conjunto de conceitos e de definições relacionados aos saberes socialmente construídos. Os conteúdos conceituais são fundamentais no processo de construção de representações significativas pelos alunos, desde que sejam estudados contextualizados e sua relevância identificada tanto por querem ensina como por quem aprende".
                                                                        Moretto: 2002.


     Em outras palavras, a aprendizagem de conteúdos conceituais requer clareza daquilo que deve ser ensinado.

  • Conteúdos procedimentais
     "Os conteúdos procedimentais designam conjuntos de ações, de modos de atuar com a finalidade de alcançar metas. Trata-se de conhecimentos aos quais nos referimos ao saber fazer as coisas (com as coisas ou acerca das coisas, as pessoas, as informações, as ideias, os números, a natureza, os símbolos, os objetos etc.) e sua aprendizagem vai supor, em última análise, que saberão usá-los e aplicá-los em outras situações, para alcançar metas. Neles agrupamos as habilidades ou as capacidades básicas para atuar de alguma maneira, estratégias que as pessoas aprendem para solucionar problemas ou as técnicas e atividades sistematizadas relacionadas com aprendizagens concretas. É lógico pensar que os procedimentos fazem parte do currículo porque com eles, uma vez aprendidos de maneira significativa, os alunos saberão fazer coisas. Saberão, por exemplo, fazê-las funcionar, transformá-las ou produzi-las, medi-las, observá-las, representá-las graficamente, organizá-las, lê-las, elaborá-las etc."

                                                                          Valls: 1996.

     Em outras palavras, trabalhar conteúdos procedimentais significa incluír regras, técnicas, métodos, habilidades e estratégias no desenvolvimento do trabalho pedagógico.

  • Conteúdos atitudinais

     "A escola forma para a vida e para a vivência plena da cidadania. Essa é uma sentença constantemente pronunciada por educadores. Nela está embutida a ideia da formação para os valores, como o respeito, a solidariedade, a responsabilidade, a honestidade etc. Nela está também o conceito de formação das atitudes, isto é, a predisposição do sujeito para atuar de certa maneira. (...) Quando se fala em conteúdos atitudinais, não são conteúdos a serem trabalhados isoladamente, mas no contexto dos outros, vistos no processo de ensino".

                                                                       Moretto: 2002.


    Em outras palavras, os conteúdos atitudinais referem-se ao trabalho com valores, atitudes e normas.


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Eufemismo

Posted by Cristina C C Vieira on abril 21, 2011 with 11 comments
Eufemismo é o emprego de palavra ou expressão mais suave no lugar de outra considerada desagradável ou chocante.

Os eufemismos e a linguagem "politicamente correta"

    O eufemismo sempre foi uma demonstração de educação e refinamento da linguagem. Nos últimos anos, entretanto, com a luta de alguns grupos sociais que se sentiam ou ainda se sentem discriminados socialmente, diferentes setores da sociedade, principalmente os relacionados com os meios de comunicação, criaram algumas normas para o uso da linguagem de modo politicamente correto, isto é, de modo não preconceituosos. Diferentemente do eufemismo, que é um modo suave de mencionar algo desagradável, o "politicamente correto" pretende ser uma forma democrática de lidar com as diferenças.
    No Brasil, por exemplo, a palavra concubina (mulher que vive com um homem sem estar casada com ele) tem uma conotação negativa, motivo pelo qual se prefere o termo companheira, considerado politicamente correto.
   Da mesma forma, muitos negros brasileiros rejeitam o tratamento "morenos", ou "pessoas de cor", eufemismos preconceituosos, e lutam para serem reconhecidos como negros ou afro-brasileiros.

       Observe as frases a seguir, e a reescrita delas com o uso do eufemismo.


a) Essa menina é burra!
        
   Essa menina não é muito inteligente

b) Você fez uma péssima prova!

    Sua prova não está muito boa.

c) Aquela criança é retardada!

   Aquela criança é deficiente mental.

d) Seu vizinho é grosseiro, um animal!

   Seu vizinho não é uma pessoa fina, educada.



Eufemismo profissionais no currículo (Fonte Revista Língua Portuguesa)

    Circula pela internet uma relação de eufemismos profissionais para supostamente servirem a currículos menos polpudos. A brincadeira sugere, para o item "empregos anteriores", uma relação de maquiagens humoradas, mas politicamente incorretas - por tacitamente considerar desonrosas atividades triviais.

EUFEMISMO                                 ATIVIDADE REAL

Coordenador de Fluxo de            Gandula
Artigos Esportivos

Especialista em Marketing          Boy da xerox
Impresso

Supervisor-Geral de Bem-
Estar, Higiene e Saúde               Faxineiro

Oficial Coordenador de
Movimentação Interna                Porteiro

Oficial Coordenador de
Movimentação Noturna               Vigia

Distribuidor de Recursos
Humanos                                  Motorista de ônibus

Distribuidor de Recursos
Humanos VIP                            Motorista de táxi

Distribuidor Interno de
Recursos Humanos                    Ascensorista

Especialista em Logística
de Energia                               Combustível/Frentista

Auxiliar de Serviços de
Engenharia Civil                        Peão de obra

Especialista em Logística
de Documentos                         Office-boy

Técnico de Marketing
Direcionado                               Distribuidor de santinhos

Especialista em Logística
de Alimentos                             Garçom

Distribuidor de Produtos
Alternativos de Alta
Rotatividade                              Camelô



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tautologia, um dos vícios de linguagem

Posted by Cristina C C Vieira on abril 18, 2011 with No comments


 
O vídeo acima, do espetáculo Nós na Fita, mostra claramente o que é a Tautologia de uma forma bem humorada.

Tautologia é o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.

    O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir:

- elo de ligação 
- acabamento final 
- certeza absoluta 
- quantia exata 
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive 
- juntamente com 
expressamente proibido 
- em duas metades iguais 
- sintomas indicativos 
- há anos atrás 
- vereador da cidade 
outra alternativa 
- detalhes minuciosos 
- a razão é porque 
- anexo junto à carta 
- de sua livre escolha 
- superávit positivo 
todos foram unânimes 
- conviver junto 
- fato real 
- encarar de frente 
- multidão de pessoas 
- amanhecer o dia 
- criação nova 
- retornar de novo 
- empréstimo temporário 
- surpresa inesperada 
- escolha opcional 
- planejar antecipadamente 
- abertura inaugural 
continua a permanecer 
- a última versão definitiva 
possivelmente poderá ocorrer 
- comparecer em pessoa 
- gritar bem alto 
- propriedade característica 
demasiadamente excessivo 
- a seu critério pessoal 
- exceder em muito 

      Note que todas essas repetições são dispensáveis. 
   Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada?  É óbvio que não. 
   Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia. 
     Verifique se não está caindo nesta armadilha.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A língua portuguesa de uma forma divertida

Posted by Cristina C C Vieira on abril 13, 2011 with No comments


Muito bom esse vídeo. Ele ensina de uma forma divertida.


1. PLURAL METAFÔNICO



A Letra o (ô) tônico fechado de alguns substantivos no singular muda para a letra o (ó) aberto no plural. Exemplos de plurais metafônicos: o tijolo (ô) / os tijolos (ó); o ovo (ô) / os ovos (ó); o osso (ô) / os ossos (ó) etc. Não mudam o timbre: acordos, bolos, bolsos, choros, confortos, contornos, dorsos, esboços, esgotos, esposos, estojos, ferrolhos, globos, gostos, gozos, rolos, repolhos e todos.


2. Senão


1) Luta, senão estás perdido. (do contrário / de outro modo)


2) Não era ouro nem prata, senão ferro. (mas sim)


3) Ninguém, senão os irmãos Correa, compareceram à cerimônia. (exceto / salvo / a não ser)


4) Não encontrei um senão na apresentação da peça. (defeito / falha)


Se não: Usa-se em frases que indicam condição, alternativa, incerteza, dúvida.


5) Se não for possível despachar a mercadoria, telefone-me. (condição)


6) Havia dois jogadores, se não três. (incerteza)





3. Pleonasmo pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando-a.



4. Bastante / bastantes


Quanto à concordância, bastante pode ser advérbio e será invariável, tendo significado equivalente a “muito”. Ou então, será adjetivo e, portanto, concordará com o substantivo a que estiver se referindo.


Não é muito comum vermos o emprego de bastantes, mas o certo é que sempre quando vier como adjetivo concordará em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) com o substantivo. Assim, orações como: Nós tivemos bastante chances de concorrer, Teremos bastante comidas para serem servidas, Não há bastante cadeiras nessa sala, Você tem bastante livros, Estou com bastante problemas para resolver, não estão sendo empregadas corretamente!


Muitas vezes, as pessoas não dizem “bastantes” dessa forma, no plural, por achar que o termo, por si só, já incita algo abundante.


Já como advérbio, ou seja, quando modifica adjetivo, verbo ou outro advérbio, “bastante” não varia e é indicativo de intensidade: Eles estão muito/bastante felizes, Ela fala bastante/muito, Eles gostaram muito/bastante deles, etc.


Na dúvida, é só colocar “muito” antes da palavra, ou seja, no lugar de “bastante”. Se “muito” for para o plural, assim também será com “bastante”.






5. Concordância do verbo ser com sentido de hora



É meio-dia.


É meio-dia e meia.


São três horas.


É uma hora.


Daqui ao colégio são dois quilômetros.


De 1970 a 1990 foram tempos difíceis.



Na indicação de hora, período de tempo e distância, o verbo ser concorda com o predicativo e torna-se impessoal, sem sujeito.





domingo, 10 de abril de 2011

Curiosidades sobre os números

Posted by Cristina C C Vieira on abril 10, 2011 with 2 comments
Origem e algumas curiosidades dos números

1 . O um, do latim unus, segundo o filósofo Tomás de Aquino, "é o princípio dos números". Para os indo-árabicos, que inventaram nosso atual sistema de numeração, ele representava o homem em sua unicidade.

2. Origina-se do latim duo. Os gregos chamavam o número dois de beta, a segunda letra de seu alfabeto.

3. O três (latim tres) era designado em sânscrito por tri, cujo significado é "exceder".

4. O quatro, do latim quatuor, tomou esse nome da figura quadrada.

5. O cinco vem do latim quinque. Em várias línguas, cinco quer dizer "mão" ou "mão estendida".

6. A palavra seis vem do vocabulário latino sex. Ele também deu origem ao seu nome em francês (six), em espanhol (seis) e italiano (sei).

7. O sete é considerado em diversas religiões um número sagrado. Origina-se do latim septum.

8. A palvra latina octo deu origem a oito, que era usado pelos discípulos do filósofo Pitágoras como o símbolo da justiça.

9. Nove deriva da palavra latina nouem, que quer dizer novo. Ele foi batizado assim porque antecede uma nova ordem dos números: as diretrizes.

10. O dez, do latim decem, é assim chamado porque reúne os números que o antecedem. Desmós, dez em grego, significa "tudo que serve para juntar, unir".

sábado, 9 de abril de 2011

Textos...

Posted by Cristina C C Vieira on abril 09, 2011 with No comments
"No princípio era o verbo".          (João, 1, 1)

"O bicho alfabeto
tem três e três patas
ou quase por onde ele passa
nascem palavras e frases".

                         (Paulo Leminski)

"Pátria é o idioma
pelo qual escrevo"

                          (Fernando Pessoa)

"As palavras não nascem amarradas,
ela saltam, se beijam, se dissolvem,
são puras, largas, autênticas,
indevassáveis".

                          (Carlos Drummond de Andrade)

"A bom entendedor, meia palavras basta".

                          (Ditado popular)

"A poesia existe nos fatos
Os casebres de açafrão
e de ocre nos verdes da
fivela, sob o azul cabralino,
são fatos estéticos".

                         (Manifesto da Poesia pau-Brasil)

"João amava Teresa que amava
Raimundo que amava Maria
que amava Joaquim que amava
Lili que não amava ninguém".

                         (Carlos Drummond de Andrade)

"Beijo pouco, falo menos ainda
Mas, invento palavras
que traduzem aternura mais funda
e mais cotidiana
inventei, por exemplo, o verbo teadorar
intransitivo; teadoro, teadora"

                           (Manuel Bandeira)

"Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra,
e assim se faz um livro, um governo,
ou uma revolução; alguns dizem mesmo que
assim é que a natureza compôs as espécies".

                           (Machado de Assis)

"A bandeira no estádio é um estandarte
a flâmula pendurada na parede do quarto
o distintivo na camisa do uniforme
que coisa linda é uma partida de futebol".

                           (Samuel Rosa - Nando Reis)

"Se Pica-Flor me chamais,
Pica-Flor aceito ser,
mas resta agora saber,
se no nome que me dais,
meteis a flor, que guardais
no passarinho melhor!"

                            (Gregório de Matos)

"Quem não se comunica, se trumbica".

                            (Abelardo Barbosa, o Chacrinha)

"Onde a imprensa é livre
e todo homem é capz de ler,
tudo está salvo".

                            (Thomas Jefferson)