quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Autismo

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 30, 2010 with 2 comments
      Este ano foi muito importante para mim, principalmente no lado pessoal, mas gostaria de "fechar" o ano com um assunto muito importante para a Educação: o autismo.
          Ao longo da minha jornada profissional, aprendi a lidar com várias situações a respeito do relacionamento professor/aluno, e não é muito fácil, há os prós e os contras, entretanto faz parte da profissão. Há muitos distúrbios, diagnosticados por médicos especializados, em crianças e adolescentes, que faz parte da modernidade. Nem todos os profissionais da Educação estão preparados para lidar com isso, então devemos estudar e buscar conhecer sobre o assunto e, assim, poder lidar com a diversidade em sala de aula.
       Um desses distúrbios é o autismo. Sempre ouvi falar sobre o autismo, mas não conseguia saber exatamente as características desse distúrbio. Por esse motivo, fui buscar conhecimento sobre o assunto. 
       O interessante é que recebi por e-mail um vídeo mostrando um menino autista. Esse vídeo emociona, mas também exemplifica perfeitamente a como se comporta um autista. Postarei aqui esse vídeo com a explicação de como foi feito para que você leitor possa entendê-lo.
       Além do vídeo, colocarei uma breve explicação sobre o que é o autismo, com o intuito de esclarecer e ajudar a entender esse tema.

       Obrigada por tudo em 2010. Espero que tenha conseguido ajudar você nas suas dúvidas e questionamentos. Que 2011 seja maravilhoso para todos nós!


                                O que é Autismo?

      O autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que se manifesta durante toda a vida. É caracterizado por um quadro comportamental peculiar, que envolve sempre as áreas de interaçãpo social, da linguagem/comunicação e do comportamento, em graus variáveis de severidade. O autismo é encontrado em todo o mundo e em famílias de todas as raças, etnias e classes sociais, sendo mais comum em meninos do que meninas.
  
       O autismo, atualmente, é bem mais conhecido, porém ele surpreende pela diversidade de características que pode apresentar e pelo fato de, na maioria das vezes, a criança autista ter uma aparência bastante normal.
       Quando as crianças com autismo crescem, desenvolvem sua habilidade social em extensão variada.

  • Algumas crianças permanecem indiferentes ao que se passa na vida;
  • Se comportam como se outras pessoas não existissem;
  • Olham através delas como se não estivesse lá;
  • Não reagem a alguém que fale com elas ou chame pelo nome;
  • Suas faces mostram muito pouco de suas emoções, exceto se estiverem muito bravas ou agitadas;
  • São indiferentes ou têm medo de seus colegas.

     O ponto crucial do autismo são os desvios qualitativos na socialização, que pode gerar falsas interpretações. Isso significa a dificuldade em relacionar-se com os outros, a incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e a dificuldade na discriminação de diferentes pessoas.

      As difuculdades das pessoas com esse distúrbio são:

  • Dificuldades qualitativas na comunicação;
  • Interação social;
  • Dificuldades no uso da imaginação (a chamada tríade);
  • Apresentam problemas comportamentais (por exemplo, o simples fato de desejarem algo e não conseguirem comunicar, pode ocasionar atitudes de auto-agressão ou, mesmo, de agressão aos outros.
     A criança autista não tem uma comunicação verbal e não verbal, ou seja, não consegue conversar, fazer gestos, expressões faciais, e nem há uma linguagem corporal.

      Sobre o vídeo:

   O filme "Amargo Pesadelo" estava sendo rodado no interior dos Estados Unidos. O diretor fez a locação de um posto de gasolina nos confins do mundo, onde aconteceria uma cena entre vários atores contracenando com o proprietário do posto, onde ele também morava com sua mulher e filho (este era autista e nunca saía do terreno da casa).
    Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos atores, que sendo músico sempre andava acompanhado do seu instrumento de cordas, aproveitando o intervalo da gravação e tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.
    Como houve uma 'resposta musical" por parte do garoto, o diretor captou a importância da cena e mandou filmar. O restante vocês verão no vídeo.
     Atentem para alguns detalhes:

  • O garoto é verdadeiramente um autista;
  • Eele não estava nos planos do filme;
  • A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos... dançando;
  • A felicidade da mãe captada numa janela da casa;
  • A reação autêntica de um autista quando o ator;
  • O músico quer cumprimentá-lo.
    A equipe parou num posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o diretor teve a felicidade de encaixar no filme.
    Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto.
    Repare na sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria.
    A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro. O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície.
    Depois, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada "por acaso" no filme "Amargo Pesadelo" (Ano: 1972).
     Podemos ver no filme a presença dos atores John Voigt e Burt Reynolds.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Momento de reflexão

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 16, 2010 with No comments
Estava assistindo o programa da Ana maria Braga e ao final ela leu um texto sobre o amor da Martha Medeiros, que mexeu muito comigo, fiquei comovida, pois o amor que eu sinto é exatamente dessa forma e o amor que eu recebo também. O objetivo do meu blog não é apenas trocar conhecimentos sobre a língua portuguesa, mas também sobre a vida, por isso publico aqui esses momentos de reflexão. Preste atenção no texto, vale muito a pena e reflita sobre o que é sentir-se amado.

Bom dia a todos!!!!!!

"Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo".


Martha Medeiros
 
 
Mas só para esclarecer uma coisa, realmente "eu te amo não diz tudo", porém quando é dito da boca para fora, em um determinado momento, entretanto quando é dito ao longo do dia, ou todos os dias com ações, da forma como a autora escreveu, esse "eu te amo" diz tudo sim e é maravilhoso amar e sentir-se muito amada.
 
Sejam muito felizes!!!!!!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O Orelhinhas - Canção de Natal

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 10, 2010 with No comments


        Neste fim de ano, ando muito sentimental. 

      Vou contar o porquê do vídeo acima. Meu marido precisou viajar hoje e eu e minha filha ficamos. Um pouco antes dela dormir, abri a página do you tube procurando vídeos que fossem interessantes para ela, que tem 6 anos, e achei esse pequeno vídeo natalino, mas que me chamou a atenção por ser de Portugal e ter mais uma oportunidade de ouvir a língua portuguesa, foneticamente fechada de lá, que é belíssima.

      Espero que gostem.

      Feliz Natal a todos!!!!

      Que 2011 seja muito melhor (ou se preferir, igual, quem sabe não é?) para todos nós. 

Coração de chocolate

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 10, 2010 with 1 comment


Coração de chocolate
bate, bate
bate, bate
Coração de tablete
pelos amigos se derrete
O teu coração é como algodão
docinho, fofinho
O teu coração é como bombom
docinho, cheinho
De ternura, amizade e amor
Do carinho, às vezes, do licor
E se o teu coração precisar do meu
O meu será só teu
Coração de chocolate
bate, bate
bate, bate
Coração de tablete
pelos amigos se derrete
O meu coração é como algodão
docinho, fofinho
O meu coração é como edredon
quentinho, cheinho
Da magia, do sonho e beleza
De alegria, às vezes, tristeza
E se o meu coração precisar de ti
Estás sempre aqui.


      Este vídeo "infantil" é um exemplo do falar, no caso cantar, da língua portuguesa de Portugal. Observem os fonemas de algumas palavras, como bate, tablete, derrete, entre outras, são fechados e aqui são mais abertos.
      
       A nova ortografia, como o próprio nome já menciona, é a respeito da escrita, portanto, não há modificações na oralidade.

        E em relação a mensagem que o vídeo transmite? Parece ser um vídeo bem inocente, para entreter a criança, mas se prestarmos atenção, a mensagem transmitida é belíssima, pois uma amizade verdadeira perdura ao longo dos anos, e, pode iniciar em qualquer fase da nossa vida. As palavras utilizadas na canção tocam profundamente o coração, dessa forma, as pessoas podem se identificar ou não com a letra da música. 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A História da Língua portuguesa

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 09, 2010 with No comments


     Neste vídeo conta-se a História da Língua Portuguesa, como tudo começou. O objetivo deste vídeo é para que conheçamos melhor a história da nossa língua tão rica e interessante. Espero que gostem.

Jô Soares (Aula de Ortografia)

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 09, 2010 with No comments


    Este programa do Jô Soares foi ao ar em 2007, mas tudo isso é atualíssimo. A língua portuguesa, na escrita, é difícil, principalmente para as pessoas que não têm uma base ou acesso a leitura. E há aqueles que de alguma forma têm acesso a leitura e ao expressar o seu pensamento na escrita cometem esses tipos de "erros". Por que coloquei "erros" entre aspas? Por um simples motivo, essas palavras do vídeo foram escritas da forma como são faladas. Costumo explicar aos meus alunos que a dificuldade está na hora de escrever, por conta das regras gramaticais, ortográficas e de pontuação, mas também por causa da oralidade, não podemos escrever da forma que falamos, por isso a grande dificuldade da maioria das pessoas.

Portugês falado e escrito

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 09, 2010 with No comments


      Já postei várias explicações sobre o uso de algumas palavras do cotidiano, como é na escrita e na oralidade. Neste vídeo, de uma forma mais dinâmica, visualizamos muitas palavras utilizadas no nosso dia a dia. Espero que ajude a esclarecer dúvidas que possam surgir nessa nossa caminhada.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Melhorando a redação II

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 05, 2010 with 2 comments
Quando queremos nos expressar de maneira culta, não devemos utilizar os pronomes pessoais do caso reto "ele", "ela", "eles", "elas" complementando o sentido dos verbos, como fazemos na forma coloquial. Assim temos de substituí-los pelos oblíquos correspondentes "o", "a", "os", "as".

     Eu a vi. (Ao invés de "Eu vi ela")

     Nós os pegamos. (Ao invés de "Nós pegamos eles")

      Maria o amava. (Ao invés de "Maria amava ele")

      Janaina as adorava. (Ao invés de "Janaina adorava elas")

Devemos lembrar, no entanto, que em certas situações, os pronomes oblíquos assumem formas diferentes:

a) Após verbos que terminam em "R", "S" e "Z", têm as formas "LO", "LA", "LOS", "LAS" (depois de retirada a consoante final do verbos):

 COLOQUIAL                                              FORMA CULTA

Queremos derrotar ele.                        Queremos derrotá-lo.

Quero ver ela.                                     Quero vê-la.

Posso partir eles.                                Posso parti-los.

Queriam ter elas.                                Queriam tê-las.   


b) Após verbos que terminem em fonemas nasais (finais "AM", "EM", "ÕE") , assumem as formas "NO", "NA", "NOS", "NAS". Observe:

COLOQUIAL                                         FORMA CULTA          

Jogaram ele na fossa.                      Jogaram-no na fossa.     

Põe ela no lixo.                               Põe-na no lixo.

Peguem eles.                                  Peguem-nos.

Receberam elas bem.                       Receberam-nas bem.

Melhorando a redação I

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 05, 2010 with No comments
Um problema sério para a maioria dos estudantes ao fazer uma redação são os verbos derivados. Por iste motivo, observe o seguinte:

a) Do verbo "TER" derivamos "manter", "obter", "entreter", "deter", "conter", "abster-se", etc.
     Ele TEVE - manteve, obteve, entreteve, deteve, conteve, absteve...
     Ele TINHA - mantinha, obtinha, entretinha, detinha, continha, abstinha...
    Quando nós TIVERMOS - mantivermos, obtivermos, entretivermos, detivermos, contivermos, abstivermos...
   Se TIVÊSSEMOS - mantivéssemos, obtivéssemos, entretivéssemos, detivéssemos, contivéssemos, abstivéssemos...

b) Do verbo "PÔR" derivamos "compor", "propor", "supor", "depor", "transpor", entre outros.

       Ele PUSERA - compusera, propusera, supusera, depusera, transpusera...
      Quando PUSER - compuser, propuser, supuser, depuser, transpuser...

c) Do verbo "VER" derivamos "prever", "rever", "antever", entre outros.

     Se eu VISSE - previsse, revisse, antevisse...
     Ela VIU - previu, reviu, anteviu...
     Quando eu VIR você - Quando previr o resultado (revir, antevir, entre outros)

d) Do verbo "VIR" derivamos "intervir", "convir", "provir", "advir", entre outros.

      Se eu VIESSE - interviesse, conviesse, proviesse, adviesse...
      Ela VEIO - interveio, conveio, proveio, adveio...
      Ele VINHA - intervinha, convinha, provinha, advinha...

e) Do verbo "HAVER" derivando o verbo "reaver", mas somente nas formas em que houver "V".

      Eu HAVIA - reavia
    Eu HAVEREI - reaverei
    Nós HOUVEMOS - reouvemos
    Quando HOUVER - reouver
    Se HOUVESSE - reouvesse



Ortografia - Emprego de e/ i / u / o

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 05, 2010 with 9 comments
É importante prestar atenção na grafia das palavras, pois muitas podem confundir, principalmente por causa do fonema, isto é, o som da palavra.

EX: Ele nasceu. É lindo!

A palavra destacada se escreve com a letra u ao final, mas há palavra que se escreve com o, entretanto a pronùncia parece u.

EX: A viola está no saco.

I - Emprego de e / i

A letra e, dependendo da posição dentro da palavra, pode ser confundida, na linguagem oral, com a letra i. Como consequência pode acarretar diferenças de significado.

Ex: emergir - vir à tona
     imergir - mergulhar 

  • periquito
  • disenteria
  • pior
  • privilégio
  • cadeado
  • feminino
  • crânio
  • empecilho
II - Emprego de u /o

Na fala, em geral, a letra o confunde-se com u. Na escrita não podem ser confundidos, pois podem produzir significados diferentes.

  • assoar
  • caçoar
  • amuleto
  • moela
  • bueiro
  • muleta
  • moleque
  • entupir

Ortografia - Emprego de J / G

Posted by Cristina C C Vieira on dezembro 05, 2010 with No comments
Por que será que ainda há confusão no emprego do J e do G?

Nas palavras jato e gato, você confundiria o emprego do J e do G? Antes de a, o, u a letra j tem pronúncia diferente da letra g. Agora as letras j e g terão a mesma pronúncia quando forem seguidas de e ou i.

EX: Aja como um gato.
O primeiro termo destacado "Aja" foi escrito com j e a sua pronúncia é diferente do segundo termo "gato", que foi escrito com g.

Observe as palavras a seguir:
  • Com G:
       estrangeiro / ferrugem / girafa / gíria / selvagem


  • Com J:
       ajeitar / jiboia / anjinho / pajé / berinjela / traje / ultraje



 

domingo, 10 de outubro de 2010

Prefixo - anti

Posted by Cristina C C Vieira on outubro 10, 2010 with No comments
De origem grega, o prefixo - anti, significa ação contrária, contra, oposição.

  • antipoluente - produto que combate a poluição;
  • antibiótico - substância que mata microorganismos;
  • antídoto - contraveneno;
  • antissocial - ato contra a sociedade;
  • anti-higiênico - contrário à higiene.
  • antípoda - habitante que se encontra no lado oposto do globo terrestre;
  • anticoncepcional - substância que evita a gravidez.

    Obs: a palavra antissocial, pela nova ortografia, se escreve dessa forma, pois antes do acordo se escrevia anti-social. A regra da utilização do hífen nessa palavra é a seguinte: se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras.

Aposto e Vocativo

Posted by Cristina C C Vieira on outubro 10, 2010 with 3 comments
Já ouviu falar nos termos aposto e vocativo?

No cotidiano utilizamos bastante.


Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo.

Ex: André, aluno esforçado, jamais se atrasara na escola.

      O comerciante, homem de bem, tratava bem os clientes.

      O rio Negro, afluente do Amazonas, banha Manaus.


Vocativo 

    A palavra vocativo vem da palavra latina vocare, que quer dizer "chamar". Assim, o vocativo é a palavra (ou expressão) com a qual chamamos pessoas, animais ou coisas aos quais nos dirigimos.

Ex: Juca! Por que você fez isso?

     Ei, garoto, venha aqui depressa!

     Meu Deus, me ajude!

Vícios de Linguagem

Posted by Cristina C C Vieira on outubro 10, 2010 with No comments
O que são vícios de linguagem?

São desvios das normas da língua culta que ocorrem por desconhecimento dessas normas ou por descuido do emissor.


1. Pleonasmo vicioso

    É a repetição desnecessária de uma informação.

    Ex: Ele é um bom ator. Na última peça ele fez um monólogo falando sozinho.

         (monólogo: cena em que um só ator representa ou interpreta)


 O pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, mas constitui uma figura de linguagem quando usado para reforçar a mensagem.

2. Eco

  Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.

   Ex: Falar em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e educação, mas houve momento em que desenvolvimento era construir quilométricas estradas amazônicas faraônicas.

3. Hiato

   Ocorre quando há uma sequência de vogais provocando dissonância.

   Ex: Eu o ouvirei amanhã. 

        Ou eu ou outro faz o serviço.

4. Colisão

   Ocorre quando há dissonância provocada pela repetição de consoantes iguais ou semelhantes.

   Ex: Minha mãe me mandou mudar a malha. 

5. Ambiguidade ou anfibologia

   Ocorre quando, por falta de clareza, há uma duplicidade do sentido da frase.

   Ex: O cachorro do seu irmão avançou sobre o amigo.

6. Solecismo

  Ocorre quando há desvios de sintaxe quanto à concordância, regência ou colocação pronominal.

   Ex:  Faltou muitos alunos no dia do jogo da Seleção do Brasil.

         (faltaram) - concordância

          No sábado ele bebeu tanto que não sustentava-se em pé.

          (se sustentava) - colocação

          
7. Barbarismo

    É o desvio da norma quando ocorre nos seguintes níveis:

  • na pronúncia
       Assisti ao pograma educativo. (programa)
       Pedi a sua brica. (rubrica)
       Nesse interim eles chegaram. (ínterim)

  • na grafia
       Ele pesquisou a etmologia de muitas palavras. (etimologia)
       Nós advinhamos o resultado do jogo. (adivinhamos)
      Todos os seguimentos da sociedade sofreram com a inflação. (segmentos)

  • na morfologia

       Quando eu pôr o vestido, saberei se engordei. (puser)

       Quando eu ir aí, explicarei a situação. (for)

       Foi certamente a mais maior em tamanho. (maior)

  • na semântica
       Assim chegaram à metrópole, absolveram a poluição. (absorveram)

       Ele comprimentou o amigo. (cumprimentou)

       O aluno soou muito durante a prova. (suou)

  • no estrangeirismos
       O embaixador cometeu uma gafe. (equívoco)

                                               (galicismo)

        O show foi cancelado. (espetáculo)

           (anglicismo)

       O escritor chegou justo na hora. (bem na hora) 

                                (italianismo) 


8. Tautologia

   É um dos vícios de linguagem que consiste em dizer ou escrever a mesma coisa, por formas diversas, meio parecida com pleonasmo ou redundância. O exemplo clássico é o famoso subir para cima ou descer para baixo.

   Observe a lista abaixo e procure não utilizá-la em seus textos e no dia-a-dia.

- Acabamento final;

- Quantia exata;


- Nos dias 8, 9 e 10, inclusive;


- Superávit positivo;


- Todos foram unânimes;


- Habitat natural;


- Certeza absoluta;


- Sugiro, conjecturalmente;


- Nos dias , e inclusive;


- Como prêmio extra;


- Juntamente com;


- Em caráter esporádico;


- Expressamente proibido;


- Terminantemente proibido;


- Em duas metades iguais;


- Destaque excepcional;


- Sintomas indicativos;


- Há anos atrás;


- Vereador da cidade;


- Outra alternativa;


- Detalhes minuciosos / pequenos detalhes;


- A razão é porque;


- Interromper de uma vez;


- Anexo (a) junto a carta;


- De sua livre escolha;


- Vandalismo criminoso;


- Palavra de honra;


- Conviver junto;


- Exultar de alegria;


- Encarar de frente;


- Comprovadamente certo;


- Fato real;


- Multidão de pessoas;


- Amanhecer o dia;


- Criar novos empregos;


- Retornar de novo;


- Frequentar constantemente;


- Empréstimo temporário;


- Compartilhar conosco;


- Surpresa inesperada;


- Completamente vazio;


- Colocar algo em seu respectivo lugar;


- Escolha opcional;


- Continua a permanecer;


- Passatempo passageiro;


- Atrás da retaguarda;


- Planejar antecipadamente;


- Repetir outra vez / de novo;


- Sentido significativo;


- Voltar atrás;


- Abertura inaugural;


- Pode possivelmente ocorrer;


- A partir de agora;


- Última versão definitiva;


- Obra-prima principal;


- Gritar/ Bradar bem alto;


- Propriedade característica;


- Comparecer em pessoa;


- Colaborar com uma ajuda / auxílio;


- Matriz cambiante;


- Com absoluta correção/ exatidão;


- Demasiadamente excessivo;


- Individualidade inigualável;


- A seu critério pessoal;


- Abusar demais;


- Preconceito intolerante;


- Medidas extremas de último caso;


- De comum acordo;


- Inovação recente;


- Velha tradição;


- Beco sem saída;


- Discussão tensa;


- Imprensa escrita;


- Sua autobiografia;


- Sorriso nos lábios;


- Goteira no teto;


- General do Exército;


(Só existem generais no Exército)


- Brigadeiro da Aeronáutica;


(Só existem brigadeiros na Aeronáutica)


- Almirante da Marinha;


(Só existem almirantes na Marinha)


- Manter o mesmo time;


- Labaredas de fogo;


- Erário público;


(Os dicionários ensinam que erário é o tesouro público, por isso,


basta dizer somente erário)


- Despesas com gastos;


- Monopólio exclusivo;


- Ganhar grátis;


- Países do mundo;


- Viúva do falecido;


- Elo de ligação;


- Criação nova;


- Exceder em muito;


- Expectativas, planos ou perspectivas para o futuro.






   

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Relatos pessoais: o cotidiano

Posted by Cristina C C Vieira on setembro 28, 2010 with 1 comment
    "O homem é um animal social, isto é, que vive em sociedade e partilha seu dia-a-dia com outros homens. Entretanto, cada homem tem uma história individual, fruto de suas vivências, experiências, emoções e desejos, de suas ideias e sua forma de ver e sentir o mundo.
       Gêneros textuais como o relato pessoal, odiário, a biografia, autobiografia, as memórias e o blog foram criados pelo ser humano para que fatos e histórias reais, vividos por pessoas como nós, pudessem ser relatados e, assim, partilhados socialmente".

             Gêneros Textuais

1. Narrar (cultura literária ficcional) - Mimeses da ação através da criação da intriga no domínio do verossímil.

    Exemplos de gêneros orais e escritos:

  • Conto maravilhoso
  • Conto de fadas
  • Lenda
  • Fábula
  •  Narrativa (aventura, ficção científica, suspense, mítica)
  • Biografia romanceada
  • Romance
  • Romance histórico
  • Novela fantástica
  • Conto
  • Crônica literária
  • Adivinha
  • Piada
2. Relatar (documentação e memorização das ações humanas) - Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo.

     Exemplos de gêneros orais e escritos:

  • Relato de experiência vivida
  • Relato de viagem
  • Diário íntimo
  • Testemunho
  • Anedota ou caso
  • Autobiografia
  • Curriculum Vitae
  • Notícia
  • Reportagem
  • Crônica social
  • Crônica esportiva
  • Histórico
  • Relato histórico
  • Ensaio ou perfil biográfico
  • Biografia

3. Argumentar (Discussão de problemas sociais controversos) - Sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição.

        Exemplos de gêneros orais e escritos:

  • Textos de opinião
  • Diálogo argumentativo
  • Carta do leitor
  • carta de reclamação
  • Carta de solicitação
  • Deliberação informal
  • Debate regrado
  • Assembleia
  • Discurso de defesa (advocacia)
  • Discurso de acusação (advocacia)
  • Resenha crítica
  • Artigos de opinião ou assinados
  • Editorial
  • Ensaio

4. Expor (Transmissão e construção de saberes) - Apresentação textual de diferentes formas de saberes.

            Exemplos de gêneros orais e escritos:

  • Texto expositivo (em livro didático)
  • Exposição oral
  • Seminário
  • Conferência
  • Comunicação oral
  • Palestra
  • Entrevista de especialista
  • Verbete
  • Artigo enciclopédico
  • Texto explicativo
  • Tomada de notas
  • Resumo de textos expositivos e explicativos
  • Resenha
  • Relatório científico
  • Relato oral de experiência

5. Descrever ações (instruções e prescrições) - Regulação mútua de comportamentos

         Exemplos de gêneros orais e escritos:


  • Instruções de montagem
  • Receita
  • Regulamento
  • Regras de jogo
  • Instruções de uso
  • Comandos diversos
  • Textos prescritivos

      Alguns tipos de gêneros textuais

1. Relato pessoal - contar algo pessoal. Surgiu, na sua forma oral, provavelmente da necessidade do ser humano de comunicar-se, de interagir com seus semelhantes por meio da linguagem, relatando experiências vividas.

2. Diário - espécie de agenda pessoal onde são registrados, diária ou quase diariamente, um resumo do que se faz ou acontece em cada dia, fato, impressões e confissões.

3. Blog - gênero textual que tem bastante semelhança com o diário, pois nele o locutor também relata seu dia-a-dia, suas vivências, suas opiniões. Entretanto, enquanto o diário é íntimo  guardado a sete chaves, o blog está na internet e pode ser lido por qualquer pessoa.

4. Biografia - (do grego bio, "vida", e grafia, "escrita") constitui um gênero textual em que é relatada a história da vida de determinada pessoa.

5. Autobiografia - é quando uma pessoa conta a sua própria vida. Esse gênero costuma incluir confissões e cartas, escritos que revelam sentimentos íntimos do autor.

    domingo, 29 de agosto de 2010

    Reflexão

    Posted by Cristina C C Vieira on agosto 29, 2010 with No comments
    Recebi o texto a seguir por e-mail. Bom para refletirmos.

    O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO
    Jô Soares

    O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
    É jovem, não tem experiência.
    É velho, está superado.
    Não tem automóvel, é um pobre coitado.
    Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
    Fala em voz alta, vive gritando.
    Fala em tom normal, ninguém escuta.
    Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
    Precisa faltar, é um 'turista'.
    Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
    Não conversa, é um desligado.
    Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
    Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
    Brinca com a turma, é metido a engraçado.
    Não brinca com a turma, é um chato.
    Chama a atenção, é um grosso.
    Não chama a atenção, não sabe se impor.
    A prova é longa, não dá tempo.
    A prova é curta, tira as chances do aluno.
    Escreve muito, não explica.
    Explica muito, o caderno não tem nada.
    Fala corretamente, ninguém entende.
    Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
    Exige, é rude.
    Elogia, é debochado.
    O aluno é reprovado, é perseguição.
    O aluno é aprovado, deu 'mole'.
     
    É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui,
    agradeça a ele!

    sábado, 28 de agosto de 2010

    Colocação Pronominal

    Posted by Cristina C C Vieira on agosto 28, 2010 with No comments
        Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, o, a, lhe, os, as, lhes, nos e vos podem ocupar três posições na frase:

    a) antes do verbo - prócilise (pronome proclítico)

        "Não, não me abandone, não me desespere (...)"

    b) no meio do verbo - mesóclise (pronome mesoclítico)

         "Meu nome, dir-lhes-ei a seu tempo".

    c) após o verbo - ênclise (pronome enclítico)

         "Suporta-se com paciência a cólica do próximo".


    REGRAS GERAIS

    PRÓCLISE
        A próclise é obrigatória:

    a) com verbos modificados diretamente por advérbios antepostos a eles:

                "Aqui vos trago provisões".

                "Enfim te vejo".

    Observação: havendo pausa inidcada por vírgula, recomenda-se a ênclise:

                     "Ontem, encontrei-o no ponto de ônibus".

                     "E, depois, vejo-te humildemente (...)"

    b)em orações iniciadas por pronomes indefinidos ou pronomes demonstrativos: 


                        "Aquilo lhe desagrada".


                     "Isso me pertence".


    c) em orações subordinadas (iniciadas por conjunção subordinativa, pronome relativo, pronome interrogativo ou advérbio interrogativo).


                   "A maneira como o receberam era um aviso".


                   "Eu ainda não sei quando te darei um aumento".


    d) em orações interrogativas iniciadas por pronomes ou advérbios interrogativos:


                "Que me dizeis, mestre Ouguet?"


                "-Mas como, como você o conhece então?"


    e) em orações exclamativas iniciadas por pronomes ou advérbios exclamativos:


                 "...quantas vezes se desequilibrou...!"


                 "Quanto nos custa abdicar de uma ilusão!"


    f) em orações optativas (que exprimem desejo) com sujeito anteposto ao verbo:


                 "Deus te acompanhe, meu filho!"


                 "Macacos me mordam!" 


    g) com verbo no gerúndio precedido da preposição em:


          "Em se tratando de previsões, qualquer afirmação otimista seria arriscada".


    h) com verbo no infinitivo pessoal (flexionado ou não) precedido de preposição:


             "Seus intentos são para nos prejudicar".


    ÊNCLISE
          A ênclise é obrigatória:


    a) com verbo no início do período, desde que não esteja no futuro do indicativo:


              "Lembram-me pormenores daquela noite da apresentação".


    b) com verbo no imperativo afirmativo:


              "Amigos, digam-me a verdade".


    c) com verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido da preposição em:


              "E mais não disseram nesse dia, indo-se cada um aos seus negócios".


    d) com verbo no infinito impessoal regido da preposição a:


             "Aspirava com ânsia, como se aquele ambiente tépido não bastasse a saciá-lo".


    e) em orações interrogativas iniciadas por palavras interrogativas, com verbo no infinitivo impessoal.


               "Por que maltratar-me assim?"


    MESÓCLISE
         A mesóclise só poderá ocorrer com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja algum fator de próclise:


               "Quando fosse sacrifício, fa-lo-ia de boa cara; mas não é".


               "Dir-se-ia uma voz de mulher".


    OBSERVAÇÕES:
    1ª) Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto, ocorrerá a próclise:


                    "Tu me farias um favor?"


    2ª) Se o sujeito anteposto à forma verbal no futuro não for pronome reto, ocorrerá facultativamente a próclise ou a mesóclise.